Por causa do aumento de casos de coronavírus no país nas últimas semanas, a votação segue um rígido protocolo de segurança.
Seis regiões escolhem seus presidentes. Hoje, quatro delas governadas pela esquerda (Toscana, Campania, Apúlia e Marche) e duas pela direita (Ligúria e Veneto).
Plano de recuperação da pandemia
O governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte deve apresentar em Bruxelas o plano nacional de recuperação da pandemia. Ele sobreviverá independente dos resultados das eleições, que serão divulgados à noite.
A Itália é governada por uma coalizão formada há um ano entre o Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema) e o Partido Democrata (PD, centro-esquerda).
Contra a coalizão de governo há uma frente de centro-direita e de extrema-direita com candidatos únicos e possibilidades de triunfar em regiões administradas pela esquerda.
Um cenário ruim para o governo seria a vitória da direita em três das quatro regiões atualmente sob poder da esquerda –em um deles, a Campania, a esquerda deve vencer. A direita administra 13 regiões italianas, e a esquerda seis.
As eleições regionais podem mudar consideravelmente o panorama político do país
Disputa na Toscana
A Toscana é cobiçada tanto pelo presidente da Liga (extrema-direita) Matteo Salvini como pelo ex-chefe de Governo Matteo Renzi (pelo Partido Democrata), que tenta ressuscitar politicamente há um ano com seu novo partido Itália Viva.
Susanna Ceccardi, uma eurodeputada da Liga de 33 anos, foi a escolhida para tentar superar a esquerda na região.
Renzi impôs como candidato Eugenio Giani (PD/Itália Viva), que também enfrenta uma candidatura isolada do M5S.
Uma derrota na Toscana, uma região conhecida por seu bom funcionamento e até agora pouco inclinada ao populismo, também afetaria Nicola Zingaretti, presidente do Partido Democrata, afirmam os analistas.
Fonte: AFP