O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin enviou à Justiça Federal do Paraná, responsável pela Operação Lava Jato, investigação sobre o ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rego e o ex-deputado Marco Maia (PT) por supostas propinas da OAS de R$ 4 milhões para que, na função de presidente, e relator da CPI da Petrobrás, em 2014, impedissem a convocação de dirigentes de empreiteiras investigadas.
É o que revela reportagem veiculada no jornal O Estado de São Paulo.
Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, os “relatos dos executivos da OAS revelam o pagamento de vantagens indevidas no montante de R$ 4.000.000,00 a Vital do Rêgo Filho, a pretexto do pleito eleitoral de 2014, intermediado por Alex Azevedo, suposto assessor parlamentar do investigado”.
Ainda conforme o jornal, do valor total pago a título de propina, R$ 1.000.000,00 teria sido repassado via doação eleitoral oficial realizada em favor do diretório nacional do PMDB; R$ 1.000.000,00 foi pago mediante celebração de contrato fictício com a Construtora Planície; e os R$ 2.000.000,00 restantes foram repassados por meio de celebração de contrato fictício com a Construtora Câmara e Vasconcelos.
“Registre-se que o repasse de valores espúrios a Vital do Rêgo, travestido de doação eleitoral oficial, foi usado para camuflar a real intenção das partes, tratando-se de nítido negócio simulado para encobrir a finalidade de transferência de recurso, que não era outro se não adimplir a vantagem indevida e viabilizar a blindagem da convocação dos executivos à CPI da Petrobras”, assinala Dodge noutro trecho.
Fonte: Paraíba Online