Um homem foragido da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, na Paraíba, foi recapturado nesta sexta-feira (14), em um shopping de Fortaleza. Romário Gomes Silveira, de 30 anos, é acusado de explosões a bancos e carros-forte. Ele escapou da prisão em setembro de 2018, quando um total de 92 presos conseguiu fugir.
A captura de Romário se deu em operação das polícias Federal e Militares da Paraíba e do Ceará. O criminoso foi encaminhado à Delegacia de Capturas, no Centro de Fortaleza, até que a Justiça decida onde ele permanecerá preso.
Romário é o 69º detento a ser localizado desde a fuga em massa no presídio paraibano. Ele foi o alvo principal por quem a fuga foi planejada.
Fuga
Pelo menos 92 presos fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, na madrugada de 10 de setembro do ano passado, em João Pessoa.
A ação começou com pessoas atirando de dentro da mata próximo ao presídio de segurança máxima. Os criminosos atiraram nas guaritas que estavam ocupadas pelos policiais militares para confundir os policiais e se inicia uma troca de tiros. Pessoas que moram perto da cadeia começaram a ouvir disparos e uma explosão pouco depois da meia-noite.
De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal. Havia grande quantidade de armamento, inclusive fuzis ponto 50, que perfura a parede. Por causa da munição utilizada pelos criminosos, os agentes penitenciários tiveram que se abrigar.
Nesse momento os criminosos conseguem se aproximar e usar os explosivos no portão da frente e da lateral do PB1. Eles tiveram acesso à unidade prisional e com um alicate conseguiram arrombar os cadeados para libertar Romário Gomes Silveira, alvo do resgate e acusado de explosões a bancos e carros-forte. Após ele ser resgatado, os demais presos também pegam os alicates para abrir as celas.
Durante a fuga dos detentos, um policial militar foi baleado na cabeça, próximo a Academia de Polícia Civil (Acadebol), na PB-008. Um grupo fechou a rodovia e houve troca de tiros. Ele foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde permaneceu até o fim da manhã desta segunda-feira em grave estado de saúde. No entanto, o hospital confirmou que o policial teve morte cerebral e, em seguida, o coração também parou de bater.
Fonte: G1PB