
O escândalo no Hospital Padre Zé que começou a ser divulgado após o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal para serem leiloados pelo hospital ganhou mais um capítulo anunciado pelo jornalista Clilson Júnior ao programa Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (18).
Segundo ele, as investigações do MPPB identificaram uma servidora da instituição que também é responsável por todas as compras do Padre Zé, também tem o mesmo cargo em outra grande instituição de saúde da Paraíba que é o Hospital Napoleão Laureano.
Como acompanhou o ClickPB, Clilson Júnior destacou que as investigações seguem confirmando que uma mesma pessoa é responsável pelas compras de ambos os hospitais. Vale destacar que diversas fraudes e irregularidades seguem sendo investigadas dentro do Hospital Padre Zé, após a comprovação de desvios milionários feito pela ex-gestão da instituição.
“A mesma servidora responsável pelas compras no Hospital Padre Zé, presta o mesmo serviço no Hospital Laureano. Os holofotes do MPPB já estão de olho no Hospital Laureano. O que começou no Padre Zé pode explodir na Fundação Hospital Napoleão Laureano”, disse o jornalista como acompanhou o ClickPB.
As denúncias de desvio de outros recursos e o esquema criminoso, comandado pelo padre Egídio de Carvalho, então diretor do hospital, se tornou um dos maiores escândalos do pais, envolvendo a gestão de saúde de uma instituição filantrópica, a operação que investiga o caso tem o nome de Operação Indignus.
Durante as ações policiais, o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.
Como acompanhou o ClickPB, a Arquidiocese revelou que o padre Egídio havia contraído o valor de R$ 13 milhões em empréstimos em nome do Hospital Padre Zé e o dinheiro nunca chegou a ser aplicado na unidade de saúde.
A Operação Indignus cumpriu mandados em dez imóveis que seriam do padre Egídio, dentre eles uma granja na cidade de Conde e apartamentos em prédios de luxo na orla de João Pessoa.
Como trouxe o ClickPB, nos locais, os investigadores encontraram itens de luxo e ostentação. Os imóveis eram equipados com lustres e projetos de iluminação requintados.
Fonte: Click PB