Os eventos relacionados à morte da rainha Elizabeth II custaram aos cofres públicos do Reino Unido quase £ 162 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), revelou o Tesouro britânico nesta quinta-feira (18/05), em sua primeira estimativa pública.
O pomposo funeral de Estado realizado para a monarca em 19 de setembro de 2022 foi o primeiro no país desde a morte do ex-primeiro-ministro Winston Churchill, em 1965.
O evento envolveu uma vasta operação de segurança para centenas de chefes de Estado estrangeiros e membros da realeza britânica. Centenas de milhares de pessoas fizeram fila para ver o caixão da rainha no Westminster Hall, em Londres, e em Edimburgo, na Escócia, o que também exigiu custosos arranjos logísticos e de segurança.
Elizabeth II, a monarca britânica que permaneceu por mais tempo no trono, morreu em 8 de setembro, aos 96 anos, em sua propriedade em Balmoral, na Escócia, após um reinado de 70 anos.
Vasta operação de segurança
Em declaração por escrito ao Parlamento britânico, o secretário do Tesouro, John Glen, afirmou que o custo total dos eventos foi estimado em £ 161,7 milhões (cerca de R$ 996 milhões).
A maior parte, cerca de £ 73,7 bilhões (cerca de R$ 454 milhões), foi gasta pelo Ministério do Interior, responsável pelo policiamento. O Departamento de Cultura, Mídia e Esporte gastou £ 57,4 milhões (cerca de R$ 353,7 milhões), enquanto o governo da Escócia cobrou £ 18,8 milhões (cerca de R$ 115,8).
“A morte de Sua Majestade rainha Elizabeth II em 8 de setembro de 2022 e o período de luto nacional que se seguiu foi um momento de enorme significado nacional”, afirmou Glen no comunicado.
“As prioridades do governo eram que esses eventos ocorressem sem problemas e com o nível apropriado de dignidade, garantindo sempre a segurança do público.”
Mais de 5.000 policiais de todo o Reino Unido fizeram a segurança dos dez dias de eventos cerimoniais para marcar a morte da rainha. O dia do funeral contou com a maior operação policial realizada pela Polícia Metropolitana de Londres até aquele momento, superando as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de 2012.
Desde então, a operação acabou sendo superada pelo esquema policial em torno da coroação do filho de Elizabeth, rei Charles III, em 6 de maio de 2023, que envolveu 11.500 agentes.
Os estimados valores da coroação também foram alvo de críticas, num momento em que muitos britânicos enfrentam a pior crise de custo de vida em uma geração. Antimonarquistas classificaram o evento como um “desfile de vaidade” e um desperdício do escasso dinheiro público.
O Palácio de Buckingham nega relatos de que o custo total da vasta operação de segurança teria chegado a £ 100 milhões (cerca de R$ 616,2 milhões).
Fonte: G1 Por Deutsche Welle
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