O Palácio do Planalto vai anunciar no final da manhã desta terça-feira (16), em uma entrevista coletiva, obras de infraestrutura em rodovias e liberação de crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a caminhoneiros para tentar evitar uma nova paralisação da categoria.
Entre as medidas estão a liberação de R$ 2 bilhões
nevrálgicas para o sistema logístico que estão em más condições.
Além disso, o BNDES vai criar uma linha financiamento de R$ 500 milhões para manutenção de caminhões. Estudos do governo apontaram que os itens de manutenção de caminhões são superiores ao próprio custo com diesel. Em uma viagem de 1 mil quilômetros, o diesel pesa 28% nos custos dos caminhoneiros, enquanto que pneus e outros itens de manutenção representam 37%.
Outro ponto que será anunciado para tentar acalmar os caminhoneiros é a exigência de que as empresas que administram estradas concedidas construam áreas de descanso para caminhoneiros em praças de pedágio.
Na negociação ficou acertado que a Petrobras confirmará nos próximos dias o resjuste do preço do diesel que foi suspenso na semana passada por intervenção do presidente Jair Bolsonaro.
Após a iniciativa de Bolsonaro ter provocado a desconfiança do mercado, o entendimento do governo é de que a intervenção na estatal do petróleo não resolve as demandas dos caminhoneiros e ainda cria um problema ainda maior à Petrobras.
A expectativa do Planalto é de que as medidas de curto prazo oferecidas aos caminhoneiros afastem o risco de uma nova paralisação dos caminhoneiros.
Com isso, ficou acertado que a Petrobras ficará livre para conduzir a política de preços de combustíveis de leva em consideração a variação do barril do petróleo e a cotação do dólar.
Fonte: G1