A juíza progressista Ruth Bader Ginsburg, decana da Suprema Corte dos Estados Unidos, voltou a ser hospitalizada após passar por uma “intervenção não cirúrgica”, anunciou na quarta-feira o tribunal federal.
A magistrada de 87 anos “foi submetida a uma intervenção não cirúrgica muito pouco invasiva” em um hospital de Nova York nesta quarta-feira, explicou a Suprema Corte em comunicado.
A operação foi realizada para “verificar um stent colocado nas vias biliares em agosto de 2019”, continuou o tribunal, lembrando que este tipo de procedimento é habitual.
A juíza “descansa confortavelmente e deixará provavelmente o hospital antes do fim de semana”, completou.
A saúde de Ginsburg é observada de perto, porque, caso ela deixe o cargo (devido à doença ou morte), o governo do presidente Donald Trump nomearia um juiz que levaria a corte a uma posição mais conservadora.
Os juízes da Suprema Corte permanecem no cargo até morrerem ou se aposentarem voluntariamente, e Ginsburg manteve sua posição apesar da idade, ciente de que sua saída mudaria o cenário jurídico do país.
Ginsburg é uma dos quatro integrantes considerados progressistas da Suprema Corte. Foi nomeada em 1993 pelo então presidente democrata Bill Clinton.
Considerada uma brilhante jurista, Ginsburg se tornou um ícone pela independência de critério e o apoio às causas das mulheres, das minorias e do meio ambiente.
A juíza teve que ser hospitalizada em meados de julho por uma infecção e, há pouco menos de duas semanas, anunciou ter sofrido uma recidiva de um câncer no fígado, embora tenha garantido que não irá deixar o cargo na Suprema Corte.
Fonte: AFP