O que dizem os citados
Jovelino Delgado, advogado de Leto Viana, afirmou que a defesa só vai se posicionar quando de fato tomar conhecimento do teor dessa nova denúncia.
O advogado de Roberto Santiago, Pedro Pires, também não se pronunciou sobre essa nova fase. “Quando citado, teremos acesso ao processo e então oferecemos a devida defesa, pois, sem dúvida, inexiste qualquer conduta ilícita praticada pelo Roberto, naquilo que está sendo veiculado pela imprensa”, disse.
Fases anteriores
A primeira fase da Xeque-Mate foi deflagrada em abril de 2018, com objetivo de desarticular um esquema de corrupção na administração pública do município de Cabedelo, localizado na região da Grande João Pessoa. A operação moveu algumas peças na gestão da cidade e modificou, rapidamente, a administração da cidade. A Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão preventiva, 15 sequestros de imóveis e 36 de mandados busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.
Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa e Cabedelo, durante a segunda fase da Operação Xeque-Mate, em julho de 2018. De acordo com a Polícia Federal, foi realizado o sequestro de aplicações e ativos financeiros no valor de mais de R$ 3 milhões.
Na terceira fase, o empresário Roberto Santiago foi preso, março de 2019, em um cumprimento de mandado de prisão preventiva. Ele é acusado de participar do esquema de corrupção e fraudes licitatórias no município de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. Ele foi solto e passou a usar tornozeleira eletrônica em julho.
Na quarta fase da Operação Xeque-Mate, que aconteceu em maio de 2019, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos, em João Pessoa, na sede do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), e Campina Grande. Nesta fase, a operação apurou a possível cooptação do conselheiro do TCE, Fernando Catão, para, em benefício do empresário Roberto Santiago, preso na terceira fase da Xeque-Mate, impedir a construção do Shopping Pátio Intermares, no município de Cabedelo.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos no dia 8 de outubro, na Paraíba, na quinta fase da Operação Xeque-Mate, comandada pelo delegado federal Fabiano Emílio. Um dos alvos da operação foi a empresa Almed, suspeita de fraudar licitações em todo estado. O ex-deputado federal André Amaral Filho, e o pai dele, André Amaral, também são alvos dos mandados, cumpridos, pelo menos, nos bairros de Manaíra e Miramar, em João Pessoa, nas residências dos investigados e em empresas contratadas pela Prefeitura de Cabedelo.
Fonte: G1PB