O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quarta-feira, 16, que 643 municípios de todas as regiões do País manifestaram interesse em aderir ao piloto do Programa de Escolas Cívico-Militares. A expansão de escolas nesse modelo, que prevê a participação de militares da reserva em atividades educacionais e administrativas das unidades, é uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro Abraham Weintraub disse que o ministério vai fazer a seleção — levando em conta os indicadores sociais, tamanho e a disponibilidade de militares nessas cidades — a lista dos municípios contemplados será divulgada até 15 de novembro.
Weintraub destacou que o Nordeste foi a região do País com o maior número de prefeituras interessadas no programa, 290. No início do mês, na fase anterior do programa que previa a inscrição dos governos estaduais, entre os Estados nordestinos, apenas o Ceará manifestou interesse em aderir. Ele disse que o ministério estuda uma “solução” para os casos em que o Estado não manifestou interesse, mas o município quer a implementação do modelo.
“É preciso ter massa crítica para ter escola cívico-militar sendo instalada. Se o município é muito pequeno e o Estado não vai dar apoio para a implementação, fica difícil. Se eu não tiver militar das Forças Armadas disponível naquele município, eu preciso que o governo estadual dê policiais militares ou bombeiros”, explicou.
A segunda região com mais adesão foi a Sudeste, com 215 municípios. Em seguida, Sul (54), Norte (46) e Centro-Oeste (38).
O ministro disse ainda não saber se vai poder atender os municípios de Estados que manifestaram interesse no programa após o prazo. Ele disse que a decisão será anunciada até 15 de novembro. É o caso de São Paulo, que vive um imbróglio com o MEC. O secretário estadual de educação, Rossieli Soares, disse ao jornal Folha de São Paulo que era “difícil aderir a um programa sem saber o que é”, mas dias depois recuou e pediu a extensão do prazo para que pudesse também aderir.
Fonte: Exame