O Ministério da Saúde autorizou formalmente o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar a cirurgia e tratamento de “redesignação sexual” para homens transexuais— que nasceram biologicamente mulher, mas se identificam com o gênero masculino. A Portaria nº 1.370, que permite os procedimentos, foi publicada na segunda-feira (24) no Diário Oficial da União.
De acordo com a resolução, os tratamentos foram incluídos na tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais do SUS. A redesignação sexual para homens trans consiste em vaginectomia e metoidioplastia e só pode ser realizada em caráter experimental. Ambos procedimentos serão realizados mediante decisão judicial em pacientes entre 21 a 75 anos.
Vaginectomia é um procedimento médico que remove toda a vagina ou parte dela, geralmente utilizado para tratamento do câncer vaginal ou para redesignação sexual. Metoidioplastia é um tratamento hormonal com testosterona para fazer com que o clitóris cresça e se aproxime à forma de um pênis.
A Portaria foi assinada pelo Secretário-Executivo da Saúde João Gabbardo dos Reis na competência de ministro de Estado. Em agosto de 2008, o SUS passou a realizar cirurgias de redesignação sexual para mulheres transexuais. Dois anos antes, o SUS concedeu por meio da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde o direito ao uso do nome social, que travestis e transexuais escolhem para serem chamados.
Fonte: Veja