O general Carlos Alberto dos Santos Cruz é o terceiro ministro a deixar o governo de Jair Bolsonaro (PSL) em quase seis meses de mandato. Antes de o militar deixar a pasta da Secretaria do Governo, nesta quinta-feira, 13, caíram anteriormente o ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno, em fevereiro, e o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, em abril.
No segundo mês do atual governo, Gustavo Bebianno esteve no centro da primeira grande crise da gestão Bolsonaro. Em fevereiro passado, uma reportagem da Folha de S.Paulo acusou a sigla de acumular dinheiro para o fundo partidário por intermédio de “laranjas”. Bebianno, que era o presidente do PSL durante a campanha eleitoral de 2018 , negou, mas não convenceu o presidente.
No ápice da convulsão, disse ter falado ao telefone com o presidente, internado no Hospital Albert Einstein, e que todo o mal-entendido havia sido resolvido. O filho Carlos tuitou: “Mentira”. Uma extensa conversa por meio de mensagens de áudio no WhatsApp revelada por VEJA comprovou que Bebianno dissera, sim, a verdade.
Já o professor colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodríguez protagonizou um dos dos períodos mais turbulentos até o momento. Indicado por Olavo de Carvalho, entrou em diversas polêmicas, recuos e trapalhadas, atingindo inclusive órgãos do Ministério da Educação, como o Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep).
Responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o órgão já teve três presidentes à frente dele na gestão Bolsonaro.
Fonte: Veja