A mulher esfaqueada na porta de casa, em um apartamento no bairro do Bessa, em João Pessoa, morreu na manhã deste sábado (10), no Hospital de Emergência e Trauma da cidade. Juliana Mônica Alves, de 32 anos, estava internada no hospital desde o dia 8 de julho deste ano. De acordo com a unidade de saúde, ela apresentou um quadro de infecção generalizada e não resistiu.
Juliana Alves e o companheiro dela, Jefferson Soares, foram esfaqueados na noite do dia 7 de julho deste ano. Na época, as informações da Polícia Militar e de testemunhas eram de que o vizinho teria batido na porta do apartamento do casal durante a noite. Quando a mulher abriu a porta, ele a esfaqueou. Em seguida, o marido dela saiu, entrou em luta corporal com o vizinho, mas acabou sendo esfaqueado também.
O casal foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma por outros vizinhos. Jefferson Soares, de 31 anos, recebeu alta. Já a esposa dele, Juliana Alves, passou por cirurgia e o estado de saúde dela era considerado estável.
Mônica Alves era técnica de enfermagem. No dia do crime, ela foi golpeada com 14 facadas. Conforme o hospital, ante de morrer a mulher passou cerca de 33 dias consecutivos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e por quatro procedimentos cirúrgicos.
Suspeito era vizinho do casal
Após o crime, o vizinho do casal, suspeito do crime, fugiu. No entanto, ele foi detido pela Polícia Militar na mesma rua onde o prédio fica localizado. Em depoimento, o suspeito, de 26 anos, contou para Polícia Civil que estava em casa quando um oficial de Justiça foi até a casa dele para entregar uma medida protetiva por conta de agressões que ele teria praticado contra a mãe, além de ter ameaçado uma jovem de 14 anos.
Ainda segundo depoimento do suspeito à polícia, após receber o documento do oficial da Justiça,, ele disse que “surtou”, foi até o guarda-roupa, pegou um canivete e foi até a casa dos vizinhos. Ele ainda disse que não sabe por qual motivo teve essa atitude. O suspeito era advogado e, após o depoimento, permaneceu preso.
Suspeito foi para instituto de psiquiatria
O homem suspeito de esfaquear o casal foi encaminhado para o Instituto de Psiquiatria Forense (IPF), após passar por audiência de custódia, na tarde do dia 8 de julho deste ano. De acordo com o juiz Adilson Fabrício, diretor do Fórum e magistrado que conduziu a audiência, a prisão em flagrante do suspeito foi convertida em prisão preventiva. Ele informou que o homem foi encaminhado para um instituto psiquiátrico, e não para um presídio comum, por apresentar um histórico de distúrbios mentais.
Na época, o juiz explicou ainda que, enquanto estiver internado provisoriamente no IPF, o homem passaria por um exame de sanidade mental, com psicólogos e psiquiatras, havendo um prazo de 45 dias para realização da avaliação e, tendo em vista o resultado, o caso seguirá na Justiça.
Fonte: G1PB