O escritor peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, reiterou neste sábado (24) o apoio à direitista Keiko Fujimori no segundo turno eleições presidenciais do Peru, que ocorrerão em 6 de junho. Para ele, uma possível vitória de Pedro Castillo — que lidera as pesquisas — seria uma “catástrofe” comparável ao colapso político da Venezuela.
Em entrevista, o escritor de 85 anos afirmou que prefere Fujimori porque ela representa a possibilidade de “continuar com o sistema democrático” em vigor no Peru, segundo a agência France Presse.
O pai de Keiko, Alberto Fujimori, governou o país em um regime autoritário nos anos 1990 e foi condenado por violações dos direitos humanos. Vargas Llosa, inclusive, concorreu com ele nas eleições presidenciais de 1990, e foi um dos maiores opositores do autoritarismo fujimorista.
O escritor peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, reiterou neste sábado (24) o apoio à direitista Keiko Fujimori no segundo turno eleições presidenciais do Peru, que ocorrerão em 6 de junho. Para ele, uma possível vitória de Pedro Castillo — que lidera as pesquisas — seria uma “catástrofe” comparável ao colapso político da Venezuela.
Em entrevista, o escritor de 85 anos afirmou que prefere Fujimori porque ela representa a possibilidade de “continuar com o sistema democrático” em vigor no Peru, segundo a agência France Presse.
O pai de Keiko, Alberto Fujimori, governou o país em um regime autoritário nos anos 1990 e foi condenado por violações dos direitos humanos. Vargas Llosa, inclusive, concorreu com ele nas eleições presidenciais de 1990, e foi um dos maiores opositores do autoritarismo fujimorista.
O premiado escritor considerou que o triunfo de Castillo, um professor de uma escola rural de 51 anos, faria o Peru retroceder.
“É muito importante que o Peru não caia na catástrofe que são Venezuela, Nicarágua e Cuba, países que realmente chegaram a uma situação verdadeiramente crítica”, acrescentou.
Pedro Castillo, professor de uma escola rural, surpreendeu e obteve quase 19% dos votos em um primeiro turno disputadíssimo, o que o colocou na primeira posição. Com uma plataforma socialista, o candidato é comparado a líderes autoritários da esquerda latino-americana — embora Keiko Fujimori também receba críticas por acenos ao autoritarismo fujimorista. Ela obteve 13,4% dos votos. O novo presidente tomará posse em 28 de julho.
Adversário de Fujimori
O premiado escritor considerou que o triunfo de Castillo, um professor de uma escola rural de 51 anos, faria o Peru retroceder.
“É muito importante que o Peru não caia na catástrofe que são Venezuela, Nicarágua e Cuba, países que realmente chegaram a uma situação verdadeiramente crítica”, acrescentou.
Pedro Castillo, professor de uma escola rural, surpreendeu e obteve quase 19% dos votos em um primeiro turno disputadíssimo, o que o colocou na primeira posição. Com uma plataforma socialista, o candidato é comparado a líderes autoritários da esquerda latino-americana — embora Keiko Fujimori também receba críticas por acenos ao autoritarismo fujimorista. Ela obteve 13,4% dos votos. O novo presidente tomará posse em 28 de julho.
O escritor se pronunciou no sábado passado em uma coluna do jornal mexicano Crónica sobre as eleições presidenciais peruanas, após permanecer em silêncio durante a campanha.
O autor de “A Cidade e os Cachorros”, que reside em Madri, fez campanha em 2016 para Pedro Pablo Kuczynski, um ex-banqueiro de Wall Street. “Seria uma catástrofe para o Peru se Keiko Fujimori fosse eleita. Seria a reivindicação de uma ditadura”, criticou Vargas Llosa à época, sobre a rival do banqueiro na eleição de 2016.
Kuczynski venceu nas urnas, mas acabou renunciando em março de 2018, envolvido no escândalo de corrupção da construtora brasileira Odebrecht.
O escritor recomendou em 2011 votar em Ollanta Humala, um ex-militar de esquerda. No primeiro turno, porém, Vargas Llosa criticou o candidato que acabou eleito — e preso posteriormente, também no âmbito da Lava Jato peruana.
“Isso não vai acontecer, eu me recuso a acreditar que meus compatriotas vão ser tão tolos em nos colocar no dilema de escolher entre a Aids e o câncer terminal, que é o que Humala e Keiko seriam”, havia afirmado Vargas Llosa anteriormente sobre os candidatos.
Fonte: G1