A China confirmou mais 49 infectados de Covid-19 nesta quinta-feira (29), uma queda em relação aos últimos dias, mas registrou casos em mais três províncias — e o primeiro na capital Pequim em quase seis meses.
O novo surto tem sido impulsionado pela variante delta e começou no dia 20 em Nanquim, cidade no leste do país e próxima a Xangai, e está se espalhando pelo país.
A variante delta foi detectada inicialmente em nove funcionários do aeroporto da cidade, que é a capital da província de Jiangsu. Em toda a região já são 171 casos confirmados.
A maioria dos infectados havia sido vacinada, segundo as autoridades de Jiangsu. A população foi colocada sob confinamento em Nanquim, e as autoridades ordenaram testes nos 9,2 milhões de habitantes da cidade.
“Cibercafés, academias, cinemas, karaokês e até bibliotecas foram fechados”, afirmou Lu Jing, funcionário de alto escalão dos serviços epidemiológicos provinciais.
Outros três casos foram confirmados na província densamente povoada de Sichuan, no sudoeste do país, e dois em Pequim.
O hotel Legendale foi fechado no centro da capital chinesa, após a descoberta de um caso “importado”, e nesta quinta funcionários com trajes de proteção desinfetaram os arredores do local com pulverizadores.
O governo chinês também tem registrado casos na fronteira com Mianmar, na província de Yunnan. Militares birmaneses deram um golpe de estado em fevereiro e enfrentam dificuldades para conter a Covid-19 no país.
Covid-19 na China
País onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez, no fim de 2019, a China conseguiu frear o avanço da pandemia adotando uma política de “tolerância zero”.
Quando um surto é registrado, a população local é colocada em confinamento severo e testes em massa são realizados para rastrear todos os possíveis infectados.
O país mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes, também tem vacinado em massa a sua população contra a Covid-19. Já foram administradas 1,6 bilhão de doses até o momento, e a meta do governo é imunizar 65% da população com duas doses até o final do ano.
Fonte: G1