A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta, 21, a 63ª fase da Operação Lava Jato, chamada Carbonara Chimica, para investigar a suspeita de pagamentos periódicos indevidos a dois ex-Ministros de Estado por parte da Odebrecht. A ação apura crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais.
Agentes cumprem dois mandados de prisão temporária contra Maurício Ferro, ex-vice-presidente jurídico do grupo e cunhado de Marcelo Odebrecht, e Nilton Serson, advogado. Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem, é alvo de buscas.
Cerca de 40 Policiais Federais participam da ação e cumprem ainda 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. As ordens foram expedidas pela 13ª. Vara Federal de Curitiba, no Paraná.
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados.
A Polícia Federal indicou que o nome da operação remete aos codinomes dos investigados na planinha da Odebrecht – ‘Italiano’ e ‘Pós-Itália’. O primeiro se referia a Antonio Palocci e o segundo a Guido Mantega, ex-ministros dos governos Lula e Dilma.
Palocci fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal na Operação Lava Jato. Ele foi preso em setembro de 2016, na Operação Omertà, e condenado pelo então juiz Sérgio Moro a 12 anos e dois meses de reclusão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, o pagamento da propina tinha como objetivo, entre outras coisas, a aprovação das MPs 470/2009 e 472/2009, que instituiriam um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiriam a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento (Refis da Crise).
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta, 21, a 63ª fase da Operação Lava Jato, chamada Carbonara Chimica, para investigar a suspeita de pagamentos periódicos indevidos a dois ex-Ministros de Estado por parte da Odebrecht. A ação apura crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais.
Agentes cumprem dois mandados de prisão temporária contra Maurício Ferro, ex-vice-presidente jurídico do grupo e cunhado de Marcelo Odebrecht, e Nilton Serson, advogado. Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem, é alvo de buscas.
A Polícia Federal informou que Maurício Ferro já foi preso.
Cerca de 40 Policiais Federais participam da ação e cumprem ainda 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. As ordens foram expedidas pela 13ª. Vara Federal de Curitiba, no Paraná.
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados.
A Polícia Federal indicou que o nome da operação remete aos codinomes dos investigados na planinha da Odebrecht – ‘Italiano’ e ‘Pós-Itália’. O primeiro se referia a Antonio Palocci e o segundo a Guido Mantega, ex-ministros dos governos Lula e Dilma.
Palocci fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal na Operação Lava Jato. Ele foi preso em setembro de 2016, na Operação Omertà, e condenado pelo então juiz Sérgio Moro a 12 anos e dois meses de reclusão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, Guido Mantega tinha o codinome de ‘Pós-Itália’ em planilha da Odebrecht. Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters
Segundo a PF, o pagamento da propina tinha como objetivo, entre outras coisas, a aprovação das MPs 470/2009 e 472/2009, que instituiriam um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiriam a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento (Refis da Crise).
Na ação penal nº 5033771-51.2018.4.04.7000, apurou-se que Antônio Palocci e Guido Matega agiram ilicitamente para favorecer os interesses da Braskem, sendo que Guido Mantega solicitou a Marcelo Odebrecht o pagamento de propina no valor de R$ 50 milhões como contrapartida para a edição das MPs 470 e 472.
O pedido foi aceito por Marcelo Odebrecht e pago pela Braskem, por meio do Setor de Operações Estruturadas, contabilizando-se o valor de propina em uma planilha denominada ‘Programa Especial Italiano’.
De acordo com a PF, há indícios de que parte dos valores indevidos teria sido entregue a um casal de publicitários como forma de dissimulação da origem do dinheiro.
Os presos serão levados para a sede da PF em São Paulo, e posteriormente transferidos para a Superintendência do Paraná, onde serão interrogados, indicou a corporação.
COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA GUSTAVO BADARÓ, QUE DEFENDE MAURÍCIO FERRO
O criminalista Gustavo Badaró, que defende o ex-vice-presidente jurídico da Odebrecht. Maurício Ferro, informou que ainda não teve acesso à decisão judicial que deflagrou a fase 63 da Operação Lava Jato. Badaró disse que, assim que tiver acesso à ordem judicial, poderá se manifestar. O espaço está aberto.
COM A PALAVRA, A DEFESA DO ADVOGADO NILTON SERSON
A reportagem busca contato com a defesa de Nilton Serson. O espaço está aberto para manifestação.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE GUIDO MANTEGA
A reportagem tenta contato com a defesa do ex-ministro Guido Mantega. O espaço está aberto.
Fonte: Estadão