Nove líderes separatistas da Catalunha, na Espanha, saíram da prisão com uma faixa na qual se lia “Liberdade para a Catalunha” nesta quarta-feira (23).
Eles estavam presos por sua participação na tentativa fracassada de independência da Espanha em 2017, e saíram da prisão porque o governo espanhol concedeu indultos.
Sete deles foram recebidos pelo líder do governo regional catalão, Pere Aragones, que também é separatista.
A ex-líder do Parlamento Carme Forcadell disse que o objetivo deles é uma anistia, e que a liberdade é uma pequena vitória.
O governo da Espanha perdoou os nove políticos e ativistas que estavam presos em um gesto de boa vontade para tentar reatar as negociações entre o Executivo do país e a região da Catalunha.
Eles haviam sido condenados em 2019. As penas variavam entre 9 e 13 anos de prisão por sedição e desvio de verbas públicas.
Em 2017, a Catalunha chegou a declarar independência, o que não durou muito tempo, após o resultado de um referendo não-autorizado.
Os indultos foram concedidos de maneira condicional. Os beneficiados não podem ser eleitos.
O governo espanhol descarta a possibilidade de um novo referendo sobre a independência da região.
“Não é apenas uma questão de constitucionalidade, mas não podemos seguir fraturando a sociedade catalã”, disse o primeiro-ministro Pedro Sánchez no Parlamento. Essa foi uma resposta aos deputados separatistas, que querem um referendo autorizado pelo governo espanhol.
A oposição conservadora pediu para que Sánchez renuncie por ter concedido os indultos —para os conservadores, a medida é contrária à unidade do país.
As pesquisas de opinião na Catalunha indicam que a independência tem apoio de cerca de metade da população.
O governo também rejeitou uma anistia geral para cerca de 3.000 pessoas ligadas ao referendo de 2017 —entre elas, há algumas que deixaram o país, como o ex-líder Carles Puigdemont.
Fonte: G1