Um dos suspeitos do ataque contra a comunidade judaica em Paris em 1982 foi declarado culpado e colocado em prisão preventiva. Até hoje a Justiça francesa tenta julgar os demais suspeitos desse atentado que aconteceu em uma região que se tornou um dos bairros mais turísticos da capital francesa.
Em 9 de agosto de 1982, ao meio-dia, um grupo de três a cinco homens atirou uma granada dentro do Jo Rosenberg, um restaurante emblemático do bairro parisiense do Marais, onde historicamente se concentra a comunidade judaica da capital francesa. Depois da explosão, dois deles entraram no estabelecimento e abriram fogo contra os cerca de 50 clientes que estavam no local.
O ataque durou três minutos e tirou a vida de seis pessoas e deixou outras 22 feridas, entre elas algumas que passavam pela rua. O atentado foi atribuído ao grupo palestino Fatah-Conselho Revolucionário de Abu Nidal, um dissidente da Organização para a Libertação da Palestina.
Walid Abdulrahman Abu Zayed, hoje com 62 anos e contra quem pesava um mandado de prisão emitido pela França em 2015, era um dos suspeitos de participação no ataque. Ele vivia na Noruega desde 1991, de onde foi extraditado na sexta-feira (4). O país escandinavo havia aprovado sua extradição em 27 de novembro.