O contador da Prefeitura de Cabedelo, Arthur Gadêlha, anunciou seu desligamento do cargo na noite desta terça-feira (11) em carta aberta à população, após ter se sentido intimidado pelo prefeito interino Vitor Hugo. Ele ainda revelou várias irregularidades que foram cometidas por Vitor Hugo durante a gestão, como a ultrapassagem do limite máximo de gasto com pessoal, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De acordo com Arthur Gadêlha, o prefeito teria dito que reduziu a folha de pagamento de pessoal em aproximadamente R$ 3 milhões. No entanto, a afirmação “não condiz com a realidade dos fatos”, já que o montante com gastos de pessoal teria aumentado. Além disso, de acordo com denúncia do ex-contador, Vitor Hugo teria tomado para si o mérito de obras em fase de conclusão que teriam sido conseguidas pelo ex-prefeito Leto Viana.
Vitor Hugo ainda é acusado de tornar usuais práticas pouco recomendadas, como contratação de empresas ligadas a funcionários da prefeitura para construção de obras e contratação onerosa de serviços de manutenção de ar condicionado e fornecimento de lanches.
Arthur Gadêlha classifica a gestão de Vitor Hugo à frente da Prefeitura de Cabedelo como “pífia, insólita, insignificante e demasiadamente politiqueira, numa incontestável afronta à ética, à moral, à honestidade e, principalmente, à postura interina que deveriam ter sido adotadas”. Ele ainda considera que os atos praticados por Vitor Hugo “caracterizam, sob todas as formas, improbidade administrativa e fiscal, crime de responsabilidade, dentre outros enquadráveis”.
O ex-contador divulgou ainda imagens de uma conversa por meio de aplicativo em que o prefeito o acusa de tramar contra ele em conjunto com a presidente da Câmara, Geusa Ribeiro. Ele afirmou que esteve reunido com os vereadores na Câmara para tratar da Lei Orçamentária Anual de 2019 e rechaçou as acusações de Vitor Hugo.
Por fim, Arthur Gadêlha ainda declarou nunca ter sido designado por Vitor Hugo para ocupar o cargo de contador. Ele detalhou que trabalha na Prefeitura de Cabedelo desde a gestão de Sebastião Plácido de Almeida, de 1989 a 1992.
Fonte: Click PB