O ex-vice-prefeito de Itu (SP) e empresário Élio Oliveira Júnior foi preso pela Polícia Militar na noite desta terça-feira (25) na cidade de Cubati, na região de Campina Grande. Ele foi condenado a 20 anos de prisão, em 2015, por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio e era considerado foragido da Justiça. A condenação foi pela morte de um advogado em Itu, em 2006.
Segundo o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, coronel Afonso Galvão, moradores de Cubati denunciaram Oliveira Júnior, por considerar a atitude dele suspeita na cidade. Abordado pela equipe da PM por volta das 10h desta terça-feira, ele apresentou um documento falso, com o nome de José Djalma Santos Dias.
Como a documentação estava regular, ele foi liberado. Porém, com auxílio da Polícia Civil, a verdadeira identidade dele foi descoberta. Os policiais ficaram esperando o ex-vice-prefeito voltar e fizeram a prisão, em cumprimento ao mandado de prisão da Comarca de Itu que estava em aberto, por volta das 18h, na casa onde ele estava morando, no Conjunto Novo.
Segundo o delegado seccional da 13ª Delegacia Distrital, Pedro Ivo Soares, Oliveira Júnior foi levado para a Delegacia de Picuí, onde, além de ter o mandado de prisão cumprido, vai ser autuado pelo crime de falsidade ideológica pelo delegado plantonista Fernando Zoccola. Nesta terça-feira, vai passar por audiência de custódia e ficará à disposição da justiça, provavelmente sendo transferido para São Paulo em seguida
O advogado de Oliveira Júnior, Flávio Markman, disse ao G1 que está ciente da prisão, mas que só vai se pronunciar depois que se inteirar melhor da situação. Ele afirmou que a chegada de Oliveira Júnior em São Paulo está prevista para quarta ou quinta-feira.
Entenda o caso
O advogado Humberto da Silva Monteiro foi morto com dois tiros na cabeça, no Centro de Itu, em 2006. Ele estava no banco do passageiro de uma caminhonete dirigida pelo radialista Josué Dantas Filho, que também era funcionário da prefeitura. Os autores do crime atiraram também contra o radialista, mas erraram o alvo. Divergências políticas teriam motivado o crime.
Além de Oliveira Júnior, também teriam participado do crime Tiago Martins Bandeira e Eduardo Aparecido Crepaldi, que estavam na moto. Foram condenados Luís Antônio Roque, o Tonhão, e o ex-policial militar Nicéias Brito, que eram seguranças de Oliveira Júnior.
O ex-chefe de torcida organizada Força Jovem, do Ituano, José Roberto Trabachini, chegou a ser preso acusado de tentar contratar assassinos que cometeriam a ação, porém, ele foi o único inocentado pela Justiça.
Depois de deixar o cargo em Itu, Oliveira Júnior se elegeu vereador em Ribeirão Preto, cargo que ocupou até 2011, quando foi cassado por quebra de decoro parlamentar.
Fonte: G1PB