Apesar de estar preso há mais de 100 dias na sede da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente Lula atingiu 41%, continua disparado nas intenções de voto e seria eleito no primeiro turno, caso as eleições fossem hoje, segundo nova rodada de pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre os dias 18 e 20 de julho. Nas simulações de segundo turno, Lula também derrotaria qualquer adversário por ampla margem de votos. As informações são da CUT.
Pesquisa estimulada
No cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, as intenções de voto em Lula aumentaram para 41% contra 39% registrado em maio.
Já a soma de todos os outros adversários alcançou 29%, segundo o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (26).
No segundo lugar, com praticamente um terço das intenções de votos de Lula, está o deputado Jair Bolsonaro (PSL), que se manteve com 12%; seguido por Ciro Gomes (PDT), que alcançou 5%. Marina Silva (Rede) caiu de 6% para 4%, empatando com Geraldo Alckmin (PSDB), que também registrou apenas 4%.
Manuela D’Ávila (PC do B) e Álvaro Dias (Podemos) têm cada um 1% das intenções de votos. Os entrevistados que disseram que irão votar em outros candidatos são 2%. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos totalizou 18% e não sabem ou não responderam, 12%.
Nordeste
Na região Nordeste, o ex-presidente Lula tem 58% das intenções de votos, contra 8% de Ciro, seguido por Bolsonaro, com 7%. Alckmin aparece com 3% e Marina caiu de 6% para 2%. Os demais não pontuaram.
Aumentam as intenções de votos no Sul
No Sul, aumentaram de 31% para 34% as intenções de voto em Lula. Em segundo lugar aparece Bolsonaro, com 19%, seguido por Álvaro Dias, que caiu de 10% para 5%, empatando com Ciro Gomes (5%). Marina e Alckmin também aparecem empatados com 4% cada. Manuela tem 1% e outros 4%.
No Sudeste, Lula tem 33% das intenções de voto contra 12% de Bolsonaro. O candidato tucano, Geraldo Alckmin, apesar de governar São Paulo por quase 14 anos, aparece com apenas 6% das intenções de votos na região. Marina tem 4%; Ciro 2%; Manuela e Álvaro Dias 1% cada; e outros 3%. O percentual dos que não vão votar em ninguém, brancos e nulos atingiu o maior índice no Sudeste, sendo a opção de 25% dos entrevistados.
Centro-Oeste e Norte
Nessas duas regiões, Lula também é o preferido pelo eleitorado e tem 39% das intenções de votos. Em segundo lugar aparece Bolsonaro com 17%, seguido por Marina (8%); Ciro (6%); Alckmin (2%); Álvaro Dias (1%); e outros (1%).
Cenário espontâneo
Na pesquisa espontânea, Lula também está bem na frente dos demais candidatos.
O ex-presidente passou de 34% para 37% das intenções de votos. Bolsonaro se manteve em segundo lugar, com 10%; Ciro tem 3%; Alckmin caiu de 3% para 2% e segue empatado com Marina Silva (2%) e com o ex-presidente FHC, citado por 2% dos entrevistados.
Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Aécio Neves, Eduardo Jorge e Álvaro Dias aparecem com 1% das intenções de voto cada.
Os que disseram que vão votar em outros candidatos alcançaram 3%. Ninguém, brancos e nulos 18% e não sabem ou não responderam 18%.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, Lula derrotaria todos os adversários com tranquilidade.
O ex-presidente tem 50% das intenções de votos contra 16% de Bolsonaro (em maio Lula tinha 47% e Bolsonaro 16%).
Lula também ganharia com folga da candidata da rede com 50% dos votos contra 12% de Marina (em maio o placar era de 45% contra 14%).
Contra Ciro, o resultado é semelhante. Lula tem 50% das intenções de voto e o candidato do PDT apenas 11%.
Já quando o adversário é Alckmin, o ex-presidente Lula passa dos 50% para 52% das intenções de votos contra apenas 10% do candidato tucano (em maio, Lula tinha 47% contra 11% de Alckmin).
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada com brasileiros de mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, de todos os estratos socioeconômicos.
Foram ouvidas 2.000 pessoas, em entrevistas feitas em 121 municípios. Estratificação por cotas de sexo, idade, escolaridade e renda. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Revista Fórum