
A quadrilha de assaltos a bancos e carros-fortes desarticulada no Sertão pernambucano na manhã desta quarta-feira (26) já foi investigada pela polícia estadual após uma perseguição que ocorreu no início do ano passado, em Petrolina. Na ocasião, a Polícia Civil da Bahia estava no encalço do grupo liderado por um ex-cabo da PM baiana de 47 anos, que teria sido morto nesta quarta-feira, após um intensa troca de tiros com policiais no aeroporto de Salgueiro.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Federal da Bahia, seis criminosos morreram no aeroporto, um ficou ferido, e outros quatro foram presos após invadirem a pista em uma Hylux branca para tentar roubar malotes de dinheiro que estavam embarcados em um avião de pequeno porte. Fortemente armado, o grupo tinha uma temida metralhadora ponto 50 no interior do veículo, além de fuzis, muita munição, coletes balísticos e balaclavas.
No entanto, uma megaoperação das polícias Federal e Militar de Pernambuco e da Bahia conseguiu surpreender parte da quadrilha no exato momento do ataque ao avião, que transportava dinheiro que abasteceria um banco da região. Durante o confronto, o piloto ficou ferido.
Em nota, a empresa Twoflex, proprietária da aeronave, informou que o piloto foi submetido a uma cirurgia e não corre risco de morte. A companhia reiterou os dois tiros que atingiram o piloto foram desferidos pelos assaltantes. A quantia que estava no interior permaneceu intacta e o valor não foi revelado. A PF não divulgou nomes dos envolvidos.
Em 2017, após assaltar um carro-forte nas imediações de Juazeiro (BA), a mesma quadrilha atravessou a divisa com Pernambuco para fugir. Uma metralhadora ponto 50, possivelmente a mesma usada pelos criminosos na ação em Salgueiro, foi utilizada na ação. A organização liderada pelo ex-militar baiano já vinha sendo investigada há mais de um ano.
O mesmo grupo participou de investidas a bancos e carros-fortes no Sertão nordestino. As ações foram marcadas pelo uso de armamento pesado e pela violência. Na cidade baiana de Bom Jesus da Lapa, dois policiais militares foram mortos durante um ataque. A quadrilha já era investigada pelo roubo a um banco em Jacobina (BA) e a cinco blindados, sendo um em Petrolina e quatro entre as cidades baianas de Remanso e Juazeiro.
O delegado Vinícius Notari, responsável pela força-tarefa de combate aos roubos a bancos na Região Metropolitana do Recife, alerta que o modo de atuação das quadrilhas dificulta o trabalho de investigação. “Ao contrário das quadrilhas ligadas ao narcotráfico, que são grupos fechados e rivais entre si, as quadrilhas especializadas em assaltos a bancos e carros-fortes estão sempre se juntando, trocando armas”.
Fonte: www.op9.com.br