A variante delta já é responsável por quase a metade dos casos de Covid hoje no Município do Rio. Um estudo divulgado nesta terça-feira (3) pela Secretaria Estadual de Saúde do RJ (SES-RJ) detectou que 45% das amostras de pacientes cariocas tinham a cepa delta do coronavírus.
Com base nessa análise, projetou-se a estimativa de que quase a metade dos contaminados nos últimos dias no Rio pegou a delta. O número de casos confirmados com a delta ainda é baixo, pois poucos foram sequenciados. Até esta terça, eram 62 pessoas mapeadas com a delta.
Ainda segundo a SES-RJ, de todas as amostras coletadas no estado inteiro — e não só na capital —, a delta foi encontrada em 26%. Duas semanas atrás, esse percentual estava em 16,6%.
A secretaria afirma que a variante está em circulação no estado com tendência de aumento e em conversão para se tornar a mais frequente no lugar da gama, de origem brasileira.
“Do total de amostras genotipadas, que a gente consegue identificar qual é a variante, 45% deste total foi de variante delta. Então, a SES-RJ estima que 45% dos casos de Covid na cidade já sejam desta variante”, explicou o secretário de saúde do Rio, Daniel Soranz.
As transmissões comunitárias da delta na cidade haviam sido confirmadas por Soranz no mês passado. Essa variante foi identificada primeiro na Índia e está se alastrando pelo mundo em alta velocidade.
O governo do estado confirmou no dia 22 de julho que quatro mortes haviam sido causadas pela delta em cidades da Baixada Fluminense.
O que é a variante delta?
A variante delta do coronavírus, chamada de B.1.617, foi registrada pela primeira vez na Índia em outubro do ano passado. Com a explosão de casos na Índia e sua disseminação no Reino Unido, ela passou a preocupar o mundo. Isso ocorreu, segundo os infectologistas, porque provavelmente a variante se tornou mais transmissível após mutações sofridas desde a sua descoberta.