O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou nesta 6ª feira (9.out.2020) cerimônia de apresentação do Programa Abrace o Marajó, em Breves, no Pará. Em discurso, afirmou que o “auxílio emergencial não é para sempre”. Disse que o benefício é de “momento” e é caro demais para a União, apesar de ser “pouco para quem recebe“.
Em crítica às medidas de restrição por causa da pandemia de covid-19, Bolsonaro disse que “lamentavelmente alguns obrigaram” a população a ficar em casa. O presidente se referia a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de que Estados e municípios também têm autonomia para gerir as regras sanitárias de isolamento.
“Lamentavelmente, alguns obrigaram vocês a ficar em casa. Eu não tive participação nisso por decisão do Supremo Tribunal Federal. Mas fizemos tudo possível para minimizar a dor, em especial o sofrimento dos mais humildes”, declarou.
“O auxílio emergencial não é para sempre. Tenham isso na cabeça. É 1 momento. Até porque é caro demais para a União”, completou.
Na última 4ª feira (7.out.2020), o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial para 2021. Decidiu falar em público, segundo ele, porque o mercado estava reagindo mal à informação sobre haver essa possibilidade.
O Programa Abrace o Marajó foi lançado em 3 de março, no Palácio do Planalto. Criado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, tem o objetivo de melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na região do Marajó (PA). Cerca de 500 mil pessoas vivem no arquipélago, que abarca 8 municípios entre os piores IDHs do Brasil.
Entre as autoridades presentes no lançamento do programa, estavam os ministros Fábio Faria (Comunicações), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Bento Albuquerque (Minas e Energia). A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também participou.
Eis a lista completa (227 kb) de integrantes da comitiva que acompanha o presidente e a programação da viagem ao Pará.
Mais cedo, Bolsonaro visitou uma agência-barco da Caixa Econômica Federal na ilha. O presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, acompanhou o chefe do Executivo no atendimento ao público realizado na embarcação.
Fonte: Poder 360