Apenas cinco dias desde o último recorde, Minas Gerais chegou mais uma vez, nesta quarta-feira (7), ao número mais alto de vítimas da Covid-19 registradas em apenas 24 horas. Desde a véspera, foram notificadas no estado 508 mortes em decorrência da doença.
Em todo o Brasil, foram 337,6 mil mortes pela doença registradas até 20h desta terça-feira. Só nas 24 horas anteriores, houve registro de 4.211 óbitos. Foi a primeira vez que o número de um dia ultrapassou 4 mil no país.
Minas foi o terceiro estado do país a ter 500 ou mais mortes por dia desde o início da pandemia. Os outros são São Paulo (que já teve 17 dias com 500 mortes ou mais desde o início da pandemia) e Rio Grande do Sul, que registrou 501 mortes em 16 de março. Os dados são das secretarias estaduais de Saúde levantados pelo consórcio de veículos de imprensa.
Só em Minas Gerais até esta quarta-feira (7), 26.303 pessoas morreram de Covid-19, de um total de 1.182.847 infectados. Foram registrados 13.358 novos casos confirmados no último dia.
Desde o início da pandemia, 97.494 mineiros tiveram que ser internados, na rede pública ou privada. Os outros 1.085.353 ficaram em isolamento domiciliar.
O vídeo abaixo mostra a situação da capital, Belo Horizonte. Na cidade, apesar de a taxa de transmissão ter caído, a ocupação das UTIs está perto do limite .
Em todo o estado, 1.061.397 pessoas são consideradas “recuperadas”. Ou seja, são pessoas que atendem a três pré-requisitos:
- estão há 72 horas assintomáticas
- receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de dez dias
- estão sem intercorrências
Dentre as pessoas que morreram por Covid-19 no estado, 78% tinham 60 anos ou mais, 70% tinham alguma comorbidade (especialmente cardiopatia e diabetes) e 55% eram homens.
Dos 853 municípios de Minas Gerais, 808 já tiveram pelo menos um registro de morte causada pela Covid-19 desde o início da pandemia, ou 95% do total.
Alerta na capital
Todos os municípios mineiros já tiveram registro de pessoas com Covid-19, e Belo Horizonte é o que teve mais casos. Segundo o mais recente boletim epidemiológico da prefeitura, 149.836 moradores da capital já adoeceram e 3.406 foram a óbito.
A taxa de ocupação de leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19 em Belo Horizonte está em 95,9%. O índice se manteve em vermelho, alerta máximo.
A taxa de ocupação de leitos de enfermaria está em nível vermelho também, com 79,1%.
Apesar de ter havido pequena queda nos indicadores da capital, o comitê da prefeitura decidiu manter as restrições de circulação em Belo Horizonte.
Já o número médio de transmissão por infectado (RT) está em nível verde, com 0,98. Ou seja, cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus a outras 98.
Trata-se do menor número, desde o início das medidas mais restritivas impostas pela onda roxa, do programa Minas Consciente. No dia 17 de março, quando o governador Romeu Zema decretou a onda roxa em todo o estado, a taxa de transmissão estava em 1,26.
2 milhões de vacinados em Minas
Até esta quarta-feira (7), segundo o vacinômetro do governo estadual, 2.033.734 mineiros receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19 e 620.340 receberam a segunda dose, que garante a imunidade completa.
Em Belo Horizonte, segundo a prefeitura, 336.248 receberam a primeira dose e 111.293, a segunda.
O estado recebeu, até o momento, 4.651.980 de doses de vacina. Na última quinta-feira (1º), o estado recebeu a maior remessa de vacinas, com mais de 1 milhão de doses, que começaram a ser distribuídas aos municípios nesta segunda (5).
Fonte: G1